Wednesday, May 25, 2011

Carta aos Deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Assinada por alunos da rede de ensino técnico e tecnológico do Centro Paula Souza em São Paulo, 23 de maio de 2011


Senhores Deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,


Docentes e outros trabalhadores ligados ao ensino, estudantes, pais e encarregados de educação, sindicalistas e responsáveis por associações de pais, estão extremamente inquietos com a situação do Ensino Público, não só no Estado de São Paulo, mas também do Brasil.

Manifestamo-nos através desta carta por entendermos que, como deputados da maioria, têm os meios políticos e democráticos que vos foram dados pelo voto do povo para modificar o curso dos acontecimentos.

Todos reconhecemos que o Brasil deu um enorme salto, em matéria de crescimento econômico, nos últimos 10 anos. Muitos de nós fazemos parte da geração que – pela sua mobilização esperançada na construção de um país livre, liberto da injustiça social e do obscurantismo – participou nesse processo democrático.

No entanto, também é uma realidade que este empenhamento de milhares e milhares de trabalhadores ligados ao ensino tem sido sistematicamente atropelado e subvertido – em nome da Globalização – ao ponto de serem muitos os que afirmam hoje que a Escola Pública está desfigurada. Hoje já são visíveis, na sociedade brasileira, as consequências dessa linha de orientação.

Podem ver-se, por exemplo, os resultados do que foi a negação da entrada de muitas dezenas de milhares de estudantes no Ensino Superior público e a sua canalização para escolas privadas, onde em muitos casos o rebaixamento dos critérios de admissão e de avaliação dos alunos foi uma realidade.

Poderão facilmente prever-se quais serão as consequências, em termos da formação dos alunos, da redução das cargas horárias, ou da retirada de disciplinas. Hoje, já sofremos com um apagão de mão de obra qualificada para tocar os inúmeros e gigantescos projetos a serem tocados durante toda esta década, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, a exploração da camada do pré-sal em nosso litoral e o reaparelhamento e modernização das Forças Armadas.

As expectativas de milhões de brasileiros, e milhões de paulistas, perante a eleição de uma maioria de deputados era de que começaria, certamente, a haver uma modificação positiva na vida do país e, em particular, no setor do Ensino.

Mas, quando se reduz o orçamento para o ensino e para a cultura, se aceita trocar os programas nacionais por um conjunto de competências, se entrega o ensino de disciplinas curriculares a empresas privadas, se transformam bacharelados em licenciaturas e licenciaturas em mestrados, se elimina na prática as disciplinas Filosofia, Sociologia e Organização Social e Política do Brasil do Ensino Médio, se desmoraliza e frustra a esmagadora maioria dos professores e educadores, se despede ou ameaça colocar no quadro excedentário dezenas de milhares de professores, se deixam sem apoio milhares de crianças com necessidades educativas especiais, está-se seguramente a defraudar as expectativas de milhões de brasileiros e a dar continuidade, da forma mais brutal, à política dos governos anteriores.

No nosso país, tal como no resto da América Latina, estão a ser postas em prática leis que subordinam a Escola Pública às necessidades do lucro e da competitividade. Seria esse o lado perverso da tal de "Globalização"? Garante-se uma atuação mínima do Estado em áreas essenciais, como a Educação, para que a elite matricule seus filhos nas melhores escolas particulares e o "resto" contente-se com a Progressão Continuada a que são submetidos seus filhos? A quem interessa formar uma grande quantidade de alunos que sequer sabem pensar?

Milhões e milhões de cidadãos latino-americanos mostram-se profundamente preocupados e procuram mobilizar-se contra este processo de destruição de toda a nossa sociedade democrática, contra as próprias bases da civilização.

Nós partilhamos esta inquietação e fazemos parte deste processo de mobilização, porque defendemos a democracia e o futuro, impossível de assegurar sem uma Escola com um corpo docente socialmente reconhecido e dotado de um Estatuto que garanta a sua independência e a sua dignidade. A revolução pretendida na Educação, em nosso país, não acontecerá primeiramente com a construção de mais salas de aulas e acesso universal à educação, e sim com a valorização dos profissionais do ensino!

Nós não nos resignamos. Todos e cada um deverão assumir as suas responsabilidades. É do futuro das jovens gerações, é do futuro do nosso país, da nossa identidade como nação livre e soberana que se trata.

Nos envergonha sermos o 7º país mais rico do mundo e termos a 85ª educação em nível mundial, segundo a ONU. Nos envergonha que alunos do ensino médio saem da escola, hoje, sem compreender um texto em sua língua materna, e sem saber efetuar as quatro operações básicas da matemática. Nos envergonha saber que muitas das "faculdades" parceiras do Governo através do Pró-Uni estão mais preocupadas com seu lucro crescente do que com a qualidade dos cidadãos e profissionais que estão formando. Nos envergonha sermos cidadãos do estado mais rico da Nação, responsável por 34% do PIB brasileiro - mais de US$ 800 bilhões por ano - e termos um nível educacional PIOR que nove capitais brasileiras!

Na última prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), participaram mais de um milhão de alunos e 23 mil escolas, 75% públicas e 25% privadas. As escolas da capital de São Paulo obtiveram a média de 54 pontos (numa escala de 0 a 100) e se colocaram em 10º lugar entre as capitais brasileiras, atrás das escolas de Vitória, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Rio de Janeiro e Salvador. Quando se consideram apenas as escolas da rede pública, São Paulo obteve a média de 48 pontos e manteve a 10ª posição. Nas escolas da rede particular, São Paulo ficou com a média de 64 pontos e desceu para a 12ª posição!

Por isso nos dirigimos a vocês, senhores deputados, para vos expormos esta inquietação e o desejo de que esta política seja alterada! Não poderemos avançar social e economicamente se continuarmos com a retórica e relegarmos o ensino dos nossos jovens - o futuro da nação - a segundo plano. O Brasil só será potência mundial, de fato, quando unirmos crescimento econômico, políticas sociais e desenvolvimento científico e tecnológico.



Sinceramente,

Alunos da rede Estadual de Ensino Técnico e Tecnológico do Centro Paula Souza.

Thursday, May 5, 2011

Vida bandida

Como pode um dia de tantos altos e baixos?!

Por um lado, um banana que parece um sol ao me ver... seu olhar, seu sorriso, chegam a ofuscar meus olhos e corar minha face. Tremo diante daquele sentimento que eu não sei o que é.

Daí, tem que aparecer o "whatever"; aquele tudo que virou nada e continua sendo tudo ao mesmo tempo que é nada. E nada muda o nada que é e que vai continuar sendo, sem razão, sem explicação, sem entendimento.
Deveria ser irrelevante, mas é sempre um acontecimento.
Deveria passar despercebido, mas sabemos que não é assim.

Enquanto (súbita e inesperadamente - ainda) espera-se que um reaja, sabe-se que outro é caso perdido.

Ah, e tem o terceiro, o quarto, o quinto... se juntamos todos, não dá um! Que enrascada... --'

Quero algo novo, alguém pra me cuidar... tô tão cansada, sabe. Quero colinhooooooooooooo!!! :'(
Esse frio me deprime. A falta de atitude de quem poderia me interessar me irrita. A saudade me invade por pura carência. E eu continuo sendo a mesma garotinha esperando sabe-se lá o que - SOZINHA.

Vai ver eu mereço, né?... talvez eu procure. Mas, pqp, alguém quebra essa barreira por mim, faz favor???
#prontofalei.
Agora vou dormir... boa noite.

Tuesday, May 3, 2011

Fica cada vez mais difícil...

... e não é que a gente dificulte. E nem que não estejamos dispostas. É que simplesmente não há reciprocidade.

Pra mim, o sucesso de qualquer relação consiste no querer. Posso ter zilhões de conceitos e um esteriótipo perfeito em mente, mas se eu quiser aceitar um tranqueira, aceito e pronto. (Faz-se acontecer...)
A parte mais engraçada disso tudo?! PODE REALMENTE DAR CERTO!!! rs

A questão é que ninguém mais se arrisca... e, como já dizia o Caio: "quem não arrisca, não petisca"! =P

Daí, fica nessa meleca: um monte de babaca babando ovo, e a gente dando sopa por aí... WTF??? ô.O

Sinceramente, eu não entendo. O que há de errado, afinal?! Onde foram parar as pessoas de verdade?! Tem horas que eu me sinto vivendo "O Show de Truman", saca?... Puta coisa estranha.

E mais estranho ainda é estar um frio desses e eu aqui, escrevendo nessa joça em vez de estar com alguém, "namorandinho"... #putafaltadesacanagem ¬¬